2008 08 03 O Linux está pronto para o Desktop?
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O Linux está pronto para o Desktop?

Basta fazer uma simples consulta no google, que você irá encontrar uma série de sites com matérias, sobre o Linux no Desktop. Encontrará também, vários artigos de inúmeras distribuições que prometem deixar o Desktop com um Visual 3D e com vários recursos.

Pois bem, não sou contra o Desktop 3D, muito menos com a popularização do Linux para o Deskop, porém, as distribuições que se propõem a fazer do Linux um ambiente capaz de ser utilizdo por usuários leigos, falham em muitos aspectos.

Eu mesmo, já comprei um computador com Linux pré-instalado, nele veio uma distribuição baseada no Debian, com o ambiente gráfico baseado no Gnome.

Para esse exemplo, segue dois pontos fracos que verifiquei:

  1. O computador veio com vários jogos (isso para um usuário comum é algo interessante), porém 50% desses jogos necessitam de placas de vídeo 3D, característica essa que o equipamento não possui, logo paira no ar uma espécie de desgosto, por parte do usuário.
  2. Algumas partes do Sistema estava em inglês e outras partes em português.

Esses, pontos são fortes demais para o usuáio final, com pouca experiência em computador.

Bom, você pode dizer que esses dois pontos são particularidades dessa distribuição, ok! Posso até concordo, mas...

Agora então, vou falar de distribuições com um certo passado (recente), porém com grandes investimentos, algumas até são compradas por grandes companias por milhões de dólares, mas possuem características que precisam de conhecimento para operacionalizar o sistema.

Vou tentar exemplificar o que estou querendo dizer...Todos sabem, e para quem não sabe, sou usuário de Linux há 9 anos e há 5 anos utilizo a distribuição Slackware.

O Slackware não é uma distribuição muito utilizada no mundo corporativo, não entendo o porquê, pois a sua estabilidade é 100%, acredito que o fato de não ser muito bem aceita é pelo fato de ser simples e se aproximar do estilo BSD e do LSB. Além disso, tem o fato de não existi uma empresa GRANDE, por trás da distribuição.

Por essas e outra razões, as empresas escolhem outras distribuições (R/M/S). Com o lançameno de uma nova versão dessa distribuição, resolvi realizar alguns testes, pois ela será o padrão adotada pela empresa.

Para isso, baixa-se o CD, grava o ISO no CD, faço o boot na máquina e logo a instalação é iniciada. Pouco tempo depois a instalação é finalizada, porém, preciso de mais alguns programas que srão instalados a partir da Internet. Programas instalados, sem executar um único ./configure && make && make install.

Se você analisar os passos do parágrafo anterior, tudo OK e relativamente simples para um usuário com pouca experiência em informática.

Mas o problema vem logo a seguir....

Após alguns dias utilizando o equipamento, recebo uma mensagem no canto inferior direito da tela, informando que é necessário realizar algumas atualizações. Para isso vou até o programa de atualização e logo verifico algumas atualizações, dentre elas atualizações de kernel.

Simplesmente realizo os passos necessário, seleciono os paotes e solicito fazer o upgrade dos mesmos.

Após, alguns minutos a atualização foi realizada, e solicita que seja realizado o boot do equipamento. Após o boot, aparece simplesmente a única mensagem que qualquer administrador de sistema não gosta de ver: KERNEL PANIC!!!

Imagina o usuário comum, lendo essa mensagem e sem o seu sistema funcional!!!

Se a distribuição, provê ferramentas de atualizações de programas/kernel, essa ferramenta deve no mínimo realizar a tarefa de forma funcional, se for atualizar o kernel, atualize-o de forma correta. Caso contrário, não adiante provêr ferrmentas que causam transtornos.

Por esse motivo afirmo que do jeito que as distribuições/empresas fazem de forma capitalista, acabam apenas prejudicando a imagem do Linux e de outras distribuições sérias.

Linux não é um sistema fácil de ser operado, ele foi e é feito por programadores para programadores, não por empresas capitalistas à procura de leigos e procurando oportunidade de crescimento.

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